Pr. Elielberth Falcão | Enquanto houver disputa, não haverá a restauração da igreja.
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Artigo por: Pastor Elielberth |
ENQUANTO HOUVER DISPUTA, NÃO HAVERÁ A RESTAURAÇÃO DA IGREJA.
Um dia destes, fazendo minha leitura devocional, deparei-me com o
Evangelho de Jesus segundo Marcos escreveu em 9. 38, 39 e 40 onde se lê:
38 - “Mestre”, disse João, “vimos um homem expulsando demônios em teu
nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos.
39 - “Não o impeçam”, disse Jesus. “Ninguém que faça um milagre em meu nome, pode falar mal de mim logo em seguida,
40 - pois quem não é contra nós está a nosso favor.
Resolvi postar os textos, pois considero significativo demais toda esta
narrativa. A Palavra de João, se parece muito com o que vem sendo dito
em nosso contexto, isto é, no contexto das Igrejas em Obra de
Restauração no Brasil.
O fato do irmão "fulano" não ser "um dos
nossos", significa dizer que o tal não está na Obra, ou então, recebe
adjetivos pejorativos de desclassificação de fé e das suas convicções.
É lamentável quando olhamos o estado em que se encontra o movimento de
Restauração no Brasil. Infelizmente o espírito narcísico tem obstruído a
finalidade do projeto da Restauração da Igreja, que sempre foi levar o
conceito de Igreja a resgatar a origem dos princípios da Igreja
primitiva em toda sua essência.
Não dá pra comparar esta
Restauração de hoje com a identidade da Igreja inicial. Onde estão os
sinais?! O amor ao próximo, o cuidado da Igreja com o indivíduo ao invés
da preocupação infrene de investir em pedra e em patrimônios?!
Há uma coisa que cresce muito hoje na Obra, e isso me preocupa
particularmente. Foi assim que as principais denominações perderam suas
identidades. Trata-se do poder bélico financeiro.
A Obra já
avança nas fronteiras, faz conchavos políticos, realiza aquisições de
patrimônios, proliferam-se entre si, crescem sem a preocupação de se
ganhar almas perdidas fora do arraial, pois é mais fácil e confortável
proliferar-se, do que Evangelizar e tornar a porta do Evangelho aberta
aos perdidos...
É como se quiséssemos construir uma "raça" pura,
gerar elementos comprados não pelo sangue de Jesus, mas por uma "lavagem
cultural" do meio, sem a explicação real do Evangelho Bíblico, onde
"todos" estão acessíveis ao Evangelho, e não só nossos filhos e
parentes...
Há uma sensação de disputa de hegemonia: Quem tem
mais isso, ou aquilo? Quem vai mais longe, quem tem mais?! Mas me digam:
como estão sendo construído os pilares da Restauração da Igreja?! Onde
estão nossas relações de diferenças entre as outras denominações que
julgamos ser "apóstatas?!" Alguém pode dizer: "Levanta e anda?!"
Estamos vendendo nossas igrejas em troca de apoio político, negociamos
nossos interesses pessoais da mesma forma que os outros, pregamos a
desunião com outros irmãos em nome de uma arrogância religiosa,
prepotente e narcísica, queremos fazer aquisições de prédios, ranchos e
abrigos, não para um projeto evangelizador, mas para uma plataforma de
marketing....
Enquanto a motivação do processo da Restauração
estiver moldado nesta direção, cabe dizer que esta geração presente não
verá o mover do Espírito Santo realizar sua intervenção na Igreja
militante. Nossos filhos, netos, herdarão complexidades para dar
sequências ao caminho de volta as nossas origens!
Abramos nossos
corações e entendimento para que o Evangelho integral não seja
confundido com concepções culturais e picuinhas do meio!
Pr. Elielberth Falcão
Bom..
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